Fabiana Ferreira Lopes

" A vida só se da para quem se deu" Vinicius de Moraes

Meu Diário
17/08/2011 16h05
Tanta saudade

Eu tenho tanta saudades

Do tempo que não volta mais

Dos teus olhos de ébano

Da chuva e do inverno.

Das noites sem dormir

Da música alta.

Eu tenho tanta saudades

Dos beijos sem compromisso

Dos abraços sem laço.

Das tuas promessas que nunca se compriram

Do tempo em que fui mais que uma vaga lembrança.

Eu tenho tanta saudades

Das juras de eterno amor

Do seu corpo em cima de mim

Das loucuras que fiz.

Eu tenho tanta saudades

De quando podia ser eu mesma

Sem ter que me importar

De não ter que estar sempre feliz

Da chuva que acompanhava meus passos

Do inverno rigoroso

Dos teus braços.

Eu tenho tanta saudades

De poder sentir raiva

E jogar tudo para alto.

De poder chorar

Sem ter que envergonhar.

Eu tenho tantas saudades

Do tempo em que não imaginava

Sentir queimando em meu pobre peito

Tanta saudade...

 

 

 


Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 17/08/2011 às 16h05
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28/02/2011 13h58
Tempo, tempo vou lhe fazer um pedido


Quanto tempo faz que não vejo teus olhos de ébano?



Quanto tempo faz que não ouço tua voz ou teu riso?



Tempo, tempo vou lhe fazer um pedido



leva para longe esse amor bandido



Que acreditei ter esquecido.



Mas a dor que senti em meu peito



Por que não solto de vez o passado



Por que ainda guardo velhas lembranças



Sinto seu cheiro e tenho vaga esperança?



Se você percorreu outro caminho



Fez morada em outro ninho



Não sente falta de meu aconchego



Não guarda de mim nenhuma lembrança.



Tempo, tempo vou te fazer um pedido



Solta as amarras desse velho amor



que está mofado mas causa me



tanta dor.



raiva, ciumes, rancor...



Eu nem sei mais o que é



Está tudo misturado no meu coração



Eu não aguento ver sua felicidade estampada



Nessas fotografias



E o eu estou fazendo?



Vasculhando sua vida e felicidade



por meio de redes sociais



Enquanto a mim e a minha felicidade?



O que eu tenho não basta?



Tempo, tempo vou te fazer um pedido



Forças para esquecer esse encanto



ou será feitiço ou pior capricho



De um coração que foi esmigalhado pela rejeição.



Eu não me curei ?



Durante esse tempo todo será que só me enganei?



Essas saudade que faz chorar



Do que isso adinata ele nunca vai voltar.



Nem irá ler essas linhas e tantas outras que fiz por amor.



Tempo, tempo vou te fazer um pedido



Leva embora esse amor mau resolvido



Muda a rota do meu destino.



 



Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 28/02/2011 às 13h58
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10/12/2010 14h25
Quatro de dezembro

Quatro de dezembro
Dia de Santa Barbara.
Quatro de dezembro
Dia de Iansã
Eparrei Oya!
Quatro de dezembro
Seria o dia do meu casamento.
Orçamento de buffet
Salão, decoração de igreja
Vestido de noiva
Eu mesma desenhei.
Mas amanheceu o dia
Quatro de dezembro
E eu não tive dia da noiva
Nem bolo de três andares.
Nada de padrinhos e madrinhas
Nem buquê para arremessar.
Quatro de dezembro
acordei do mesmo modo que
fui me deitar, sozinha.
Quatro de dezembro
Será que só eu me lembrei
Que seria nosso dia?
Nosso... isso ficou tão distante.
Quatro de dezembro
Do outro lado você só deve pensar
Que mais uma vez a culpa foi minha.
Mas eu chorei.
Andei pela casa insone
Busquei seus vestigios
Encontrei só o vazio.
Quatro de dezembro
Brindei o dia que seria o mais feliz com a solidão.
Dancei sozinha com o calice de vinha em minhas mãos!
Rubro como o sangue que verte em em meu coração
Vermelho como meus olhos de tanto chorar.
Um pranto de dor e frustação.
De outra vez estar na contramão
Pista errada, velocidas desencontradas e rota invertida.
Assim sou eu e você.
Eu no norte
Você no extremo de meus limites
Sem ponto de chegada ou final
Mais que isso sem ponto de encontro afinal!
Quatro de dezembro
Diga que fui eu.
Talvez eu suporte mais essa dor
Mais um erro de amor.
Só não diga que não te amei
Ou que não tentei.
Fui muito além de mim
E você
Do que mesmo abriu mão?
Quatro de dezembro
Não sei se sinto sua falta
Ainda é dificil abrir essa porta
E não ter suas coisas espalhadas por todos os cantos.
Não tenho mais nossas fotografias
Eu as rasguei em meio a raiva e melancolia.
Não lembro se um dia houve nossa melodia
Restou essa agonia e os epaços vagos
No guarda-roupa carcomido pelo tempo.
E quanto tempo faz mesmo?
Parece que foi há anos e no entanto foi quase ontem.
E o peso de todas as lembranças vergam-me o corpo
E ferem-me a alma.
Não te disse adeus
Atirei tudo que era de nós nun canto qualquer.
E você se foi
Sem mala e cheio de magoa.
Eu aqui recolho mues cacos e tento remendar os pedaços.
Quatro de dezembro
Nenhum dos dois entendem.
Nenhum vencedor.
Estou no chão.
E você ainda lembrará do meu nome?
Quem mais errou?
Me diz o que foi feito de tanto amor?
E as juras de envelhecer juntos
Quem de nós roubou?
Diga que fui eu
Doi bem menos e estou acostumada.
Saio como entrei
Fica comigo o que esperava desde o primeiro beijo
A última noite de amor, nada!


Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 10/12/2010 às 14h25
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18/11/2010 20h13
O rio só pode correr para o mar...

O amor acaba.
Alguns dizem que não mas, ele pode acabar como tantas outras coisas na vida.
O nosso acabou.
Tinha acabado faz tempo, mas quis por um remendo, e não se põem remendo novo em roupa velha.
Desgastado pelo tempo, enfraquecido pelas diferenças.
Tentamos, era o que podiamos fazer e fizemos.
Onde há culpados?
Eu não os vejos mais.
Liberto me de uma culpa que me consumia e retnha-me os passos.
Eu vou em busca do que sempre quis e voce pode ir também para onde quiser ou se fazer de eterno injustiçado, vitima, não me importa mais.
Cinco anos não são cinco dias.
Vai chorar, vai doer a gente supera.
Eu vou, porque quero e estou buscando isso.
Eu quero bem mais.
Havia prometido a mim mesma nunca mais acordar no meio da noite chorando por aguém e você me fez chorar e sentir culpa inumera vezes.
Mas agora chega!
Não ponto e virgula, nem virgula, nem reticencias, muito menos travessão. É ponto final, fim de livro, abro outro, vou por uma estrada e você segue por ouro caminho.
Não abdico mais de mim nem dos meus anseios, nem por você nem por coisa alguma, agora EU estou em primeiro lugar!
Eu sigo como rio, transpondo cada barreira, cada obstaculo e curva ele tem um objetivo de chegar ao mar eu tenho o meu de ir além mar!
ADEUS!


Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 18/11/2010 às 20h13
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22/07/2010 13h39
Não me odeie tanto assim
Não me odeie tanto assim.
Hoje acordei sobressaltada vc estava nos meus sonhos
Senti como se fosse real, senti uma dor imensa e sozinha chorei.
Sei que tudo não foi como planejamos, sei que sai de cena sem deixar ao menos um bilhete de adeus
Porém não precisa me odiar a sua vida vai fluir melhor longe da minha.
Eu ganhei um grande concurso literário, premiação em setembro no Rio e depois embarca para Bienal da Alemanha
Também estou no páreo de duas premiações de editoras francesas
Eu amo escrever e é tudo que eu tenho no momento.
Continuo doente, o tumor é real...
Continuo procurando trampo...
Só tenho meus escritos...
Então não me odeie tanto como vi naquele sonho.
Eu entendo a magoa eu conheço bem o que é tem
Mas o tempo passa e vc ficará ou deve estar muito bem.
Eu te pedi perdão no sonho e ao acordar em meio aos prantos
Perdoe-me se te causei tanta dor como senti nessa madrugada
Tenha certeza que eu já estou sendo devidamente cobrada
Vc nem faz idéia nem precisa fazer.
Só seja algo que eu nunca consegui ser por inteiro: FELIZ

Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 22/07/2010 às 13h39
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