Dona de Mim
Deixo me levar pelas lembranças Feito folha ao vento elas brincam Nos meus pensamentos. O tempo corre célere demais Por vezes não me reconheço mais Mas sou ainda a mesma menina De anos atrás. Ainda faço verso E meus melhores amigos ainda são Canetas, papéis e o vinho rubro como o sangue. Estradas que se bifurcaram Uns que não vejo mais Alguns de que tenho tamanha saudade Tantos outros, Que tanto fez Como tanto faz. As ambições mudaram com as quedas que levei Joelhos esfolados nunca me fizeram parar Sou guerreira por natureza Minha essência é de lutar e vencer. Ainda choro lágrima ao vento Faço drama com pouco texto Mas esse contexto contraditório De fogo e água Faz me ser quem sou. Andei por longos caminhos Feri muitas vezes mãos e pés nos espinhos. Mas nunca parei. Ainda gosto de rosas vermelhas. Tive que aprender a ser um pouco só Mesmo temendo a solidão. Meus defeitos com o tempo Tornaram se grandes qualidades. Vi grandes qualidades se tornarem defeitos. Nesse vai e vem Feito maresia que beija a beira da praia Vou levando a vida como posso Como sei. Alguns dias de céu encoberto Outros de sol a queimar a pele. A única coisa que nunca deixei foi de amar. Enlouquecidamente. Apaixonadamente. Por inteira Corpo, alma e coração. O amor sublime O amor com suas dores Com choro, riso e gozos. Por amor cheguei até aqui Foi por ele que tantas vezes me perdi E descobri que o mal também podia Fazer morada dentro de mim. O amor me forjou Fez-me quem eu sou O amor fez-me dona de mim mesma!
Fabiana Ferreira Lopes
Enviado por Fabiana Ferreira Lopes em 30/11/2009
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