Rosa Negra
No meu portão tem um cadeado de ferro
Assim como no meu coração. O meu castelo e cercado de aço retorcido E aqui príncipe algum virá para me salvar. Houve um tempo que acreditava. Acreditava que o amor pudesse me dar a mão. Mas isso tudo foi um sonho tolo Algo efêmero. O punhal da mentira perfurou meu peito E hoje ele verte sangue preto. A ferida nunca cicatrizou. A luz dos meus olhos se apagou Somente a frieza neles restou. Caminho pelas madrugadas Sou dona de muitas estradas Mas não tenho morada. No romper da aurora solto minha gargalhada E hora de voltar para o velho castelo De paredes frias. Todo o meu ser arruinado Pelo simples fato de ter amado. No meu jardim colho ramo de espinhos A única rosa sou eu. Rosa Negra ressequida. E no meu ser o amor não faz morada.
Fabiana Ferreira Lopes
Enviado por Fabiana Ferreira Lopes em 25/03/2009
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