09/08/2014 19h04
Ainda estou no chão
Quantas vezes será necessario vocé partir meu coraçao
Para que enfim compreenda
Que tudo até agora foi uma ilusão
Quanto ainda terei que chorar
Aqui nesta escuridão
Para então entender que sempre amei sozinha
Você nunca me quis
Você jamais me amou
Levou o que de melhor eu tinha
Usurpou minha alma...
Esmigalhou meu ser por inteiro
Não se preocupou com o estrago
Que causou em minha vida
Eu te amei mais que a mim
Eu quis ser parte do seu mundo
Fui incapaz de ver
Que nunca fui nada para você
Talvez um fantoche
Alguem tolo o suficiente
Alguem crédulo o bastante
Para não questionar
Nem duvidar
Enquanto eu passava dias e noites
Consumindo minha mente em culpa
Por não me achar merecedora do seu amor
Você seguia adiante
Seguiu triunfante
Fazendo do meu amor seu tapete
O qual você pisava
E eu ali como um cão servil
A espera de suas migalhas
Enxergo agora
Envergada pelas fatalidades
Alquebrada pelo peso dos anos
A ruina que você me trouxe
Eu que acreditei cegamente
Que você era meu sol e minha luz
Mas você nunca passou de um lodaçal
Areia movediça que tragou o que mais amava
Poço escuro e fundo
Grilhão que prende meus passos
Pedra que atravancou meu caminho
Anos a fio te adorando como um deus
Descubro que nem de barro você é feito
Você é veneno
É fel
Personificaçao real
Do lobo em pele de cordeiro
Minha queda mais violenta
Minha ferida aberta
A derrota derradeira
E para minha
E somente desventura minha
A qual eu não fui capaz de me erguer
Ainda estou no chão...
Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 09/08/2014 às 19h04
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