03/01/2010 03h04
O fim
Era para ser festa! Mas se tornou lágrimas. Rompi o tão festejado passar do ano Com o gosto salgado das lágrimas E um peso sem medida no coração. Era para dar certo Mas no fim deu tudo errado. Não sei se foram as previsões Ou as pressões e minha eterna depressão. Você sempre no papel de bom rapaz Eu no eterno de vilã. Mau-humorada, reclamona, repetitiva Cansativa. Eu que abri mão de tantas coisas. Mas todas essas coisas não tem valor A não ser para mim mesma. E como se termina mesmo um grande amor? A promessa era para ser conto de fadas No final virou rotina. No final você estragou tudo. Porém para você e sua corte Eu estraguei tudo. Prometi não chorar mais por homens Que não sabem amar. Quebrei minha promessa. E chorei nos únicos braços Que jamais me negaria um afago Mesmo sendo quase duas da manhã. Não me fez perguntas Somente me aconchegou E me deixou chorar baixinho Até que o sono chegasse. O dia passou como meu coração Moroso, chuvoso e cinza. E você não teve ao menos a compaixão De discar o telefone e me perguntar Qualquer coisa. Porque talvez o seu amor tenha limites E seu orgulho seja ilimitado. Talvez porque como sempre você também Acredite que eu sou a errada. E talvez por isso você creia que eu Deva voltar correndo Para um local que não gosto Onde não tenho raízes. E como nos filmes e finais de novelas Dizer que o amor tudo perdoa. O perdão é divino Eu não. A minha dor vai além da sua pequena Mas soberba comprensão. Eu acreditei realmente que você poderia Ser meu princípe encantado. Me esqueci que estamos velhos demais Para essa doce magia. Palavras são setas lançadas E podem ferir, podem matar. E podem acabar com aquilo Que um dia acreditei ser um grande amor. E não me diga que não tentei. Não exponha meus defeitos Fraquezas, inseguranças e fugas Para justificar mais uma vez que A culpa é minha. Você me teve em sua vida E nunca quis de fato pertecer A complexidade dela. Talvez seja justo. Talvez o meu fardo seja muito pesado. Eu conheço melhor a dor de um desamor Do que a felicitação de uma grande paixão. Não sei bem o que faço. Volto para o que chamei de lar? Faço as malas e vou embora. Peço que você faça as suas? E saia da minha vida Para nunca mais voltar? Ainda não sei. Ainda sinto a dor latente Pertubando ainda mais Um sono que quase nunca veem. E o que dirão todos? Eu já não me importo com isso No final a culpa cairá sobre mim. Eu sai do jeito que entrei Sozinha e sem nada Você fica com todas as cartas Que te escrevi e que um dia achei Num canto qualquer. Foi isso que você fez Do nosso amor Do amor que senti por você Largou num canto qualquer. Porque quando se tem certeza Não damos tanto valor Está ganho mesmo. Que diferença faz. Não me espanto Afinal quando foi Que o amor me deu a mão? Você se torna só mais uma página Em minha vida. E mais uma magoa. Pra levar Neste meu pobre coração Que nunca desiste de amar Ainda que descubra que foi Tudo ilusão! Publicado por Fabiana Ferreira Lopes em 03/01/2010 às 03h04
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